Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - História, arquitetura e missão - Parte 3
Manuscritos
- 3° andar
- segunda a sexta-feira, das 10h às 17h
- solicitação de consulta até meia hora antes do fechamento
- devolução de obras até 10 minutos antes do fechamento
- Mediante agendamento prévio.
O acervo de Manuscritos abriga mais de 900 mil documentos, incluindo arquivos pessoais, institucionais, históricos e obras literárias, muitas de autores fundamentais para a literatura brasileira, como Lima Barreto, Carlos Drummond de Andrade e Euclides da Cunha, entre outros. Os originais, datados desde o século XI até os dias de hoje, abrangem tanto peças avulsas quanto encadernadas.
Os itens de maior relevância histórica provêm da Real Biblioteca e foram trazidos para o Brasil pela família real portuguesa em 1808. Desde então, o acervo está em constante crescimento e reúne manuscritos em português arcaico, clássico e contemporâneo, grego, latim e persa, com os mais variados tipos de escrita e suportes.
Estão disponíveis para consulta mais de 240 coleções registradas e catalogadas, cada uma delas com seu inventário detalhado.
Técnicas sofisticadas são utilizadas para o estudo de determinados documentos, tais como a paleografia – estudo de escritas antigas, que ajuda a decifrar textos muito difíceis, aparentemente ilegíveis para olhos pouco treinados, como, por exemplo, a carta de Pero Vaz de Caminha.
A preservação dos documentos demanda cuidados permanentes e sua catalogação é feita de acordo com o estado de conservação e condição física.
Por ser um suporte muito frágil, o papel é manuseado somente com luvas próprias. Os originais são acondicionados em capas com ph neutro e guardados em arquivos deslizantes, em gavetas próprias para a conservação. Clips e outros objetos metálicos são removidos para evitar que a oxidação comprometa ou piore o estado das peças.
Francisco Freire Alemão - Estudos botânicos e descrições de plantas brasileiras |
Música e arquivo sonoro
Hoje sediado no 3º andar do Palácio Capanema, o acervo foi criado em 1952, por iniciativa do então diretor e escritor Eugênio Gomes (1897-1972), a partir de relíquias, como livros raros e partituras, extraídas da coleção geral da Biblioteca Nacional pela bibliotecária e musicóloga Mercedes Reis Pequeno (1921-2015).
Com mais de 250 mil peças, o acervo reúne uma vasta coleção de livros, partituras, fotografias, programas de concerto, manuscritos e libretos de ópera, todos eles guardando alguma relação com a história da música no Brasil e no mundo.
Além de peças raras, muitas delas doadas por compositores e maestros renomados, o pesquisador também encontra uma ampla coleção de LPs, CDs e DVDs. O conjunto constitui um dos mais importantes acervos musicais existentes no País, de fundamental relevância para pesquisadores e musicólogos.
PRECIOSIDADES
A base do Acervo de Música e Arquivo está nas peças trazidas de Portugal por D. João VI, pertencentes à chamada Real Biblioteca, abrangendo, dentre outros documentos, livros, partituras, libretos de óperas, livros litúrgicos, missais e tratados.
Também merece grande destaque a Coleção Thereza Christina Maria, constituída de obras que pertenceram às imperatrizes D. Leopoldina e D. Thereza Christina, incluindo partituras em primeiras edições de Mozart, Haydn, Beethoven, Pleyel, além de livros raros e exemplares do periódico Brazil Musical, dedicado a S.M a Imperatriz do Brasil.
Outras importantes coleções, como a do Conde da Barca, J.A. Marques e Salvador Mendonça estão também representadas com obras dos séculos XVI e XVII.
Ao longo dos anos, o acervo foi enriquecido através de contribuições legais, doações e compras. Na década de 1950, destaca-se a aquisição, por lei do Congresso Federal, da biblioteca musical do cearense Abrahão de Carvalho (1891-1970), a maior particular do Brasil, com cerca de 17 mil peças, que impulsionou de maneira definitiva a estruturação de um acervo de música para a Biblioteca Nacional.
Outras importantes coleções, como a do Conde da Barca, J.A. Marques e Salvador Mendonça estão também representadas com obras dos séculos XVI e XVII.
Ao longo dos anos, o acervo foi enriquecido através de contribuições legais, doações e compras. Na década de 1950, destaca-se a aquisição, por lei do Congresso Federal, da biblioteca musical do cearense Abrahão de Carvalho (1891-1970), a maior particular do Brasil, com cerca de 17 mil peças, que impulsionou de maneira definitiva a estruturação de um acervo de música para a Biblioteca Nacional.
Nela se podem destacar as seguintes raridades:obras do teórico e filósofo Gioseffo Zarlino (1517-1590);
tratados de Jean Philippe Rameau (1683-1764) e de Francisco Ignácio Solano (c.1720-1800);
primeiras edições de composições de Franz Liszt (1811-1886); a obra "Regole del contrapunto pratico" (Napoli, 1794), de Nicola Sala (1713-1801), único exemplar no Brasil.
tratados de Jean Philippe Rameau (1683-1764) e de Francisco Ignácio Solano (c.1720-1800);
primeiras edições de composições de Franz Liszt (1811-1886); a obra "Regole del contrapunto pratico" (Napoli, 1794), de Nicola Sala (1713-1801), único exemplar no Brasil.
Compêndio de música theorica e pratica (Porto, 1816) do frei Domingos de São José Varella, a Primeira parte do Index da Livraria de Música do Muyto Alto, e Poderoso Rey Dom João IVº, Nosso Senhor, anno 1640, que fala do tesouro musical, destruído pelo grande terremoto de Lisboa de 1755; Ricardo Wagner e Francisco Liszt recordações pessoais (Lisboa, 1874), de Platon de Waxel, impresso apenas em 50 exemplares, dos quais Abrahão de Carvalho possuía o volume de nº 23.
A compra da coleção Luciano Gallet (1893-1931) incorporou também a obra do compositor Glauco Velazquez (1883-1914), que se encontrava em poder daquele compositor e amigo.
Por meio de doações de particulares foram somados ao acervo autógrafos dos compositores Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948), Alberto Nepomuceno (1864-1920), Francisco Braga (1868-1945), Meneleu Campos (1872-1927), Brasilio Itiberê (1896-1967), Ernesto Nazareth (1863-1934), Francisco Mignone (1897-1986), César Guerra-Peixe (1914-1993), Helza Cameu (1903-1995), entre outros.
Na coleção de manuscritos musicais de compositores brasileiros destacam-se as óperas Il Guarany, Fosca, Maria Tudor e Salvator Rosa, de Carlos Gomes (1836-1896), grande referência musical do Brasil. Este conjunto documental recebeu em 2009 a Nominação no Registro Nacional Brasil do Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco, o que confirma o valor excepcional do acervo.
No acervo você pode consultar:
- Discos digitalizados
- Partituras digitalizadas
- Libretos digitalizados
- Catálogo de discos
- Catálogo de partituras
- Livros sobre música
- Periódicos sobre música
Partitura digitalizada da Ópera Guarany Fonte: Biblioteca Nacional do RJ. |
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