Biblioteca do RJ - História, Arquitetura e Missão - parte 4

Obras Gerais



Acervo com mais de um milhão de peças para consulta imediata composto por monografias, teses e folhetos, do século XVIII aos dias atuais. 

Nesta coleção, destacam-se as edições Princeps de literatura nacional, parcialmente disponíveis em microfilme. 

O Acervo de Obras Gerais da Biblioteca Nacional (BN) reúne livros, teses, folhetos, entre outros, do século XVIII aos dias atuais, com total estimado em cerca de dois milhões de peças. 

Ocupa aproximadamente 18 km lineares de prateleiras e suas obras estão armazenadas nos prédios Sede e Anexo. Concentra a maior quantidade de pesquisadores da BN, atendendo uma média de 2 mil pesquisadores por mês.

O acervo é composto por livros que chegam em cumprimento à Lei de Depósito Legal. Esse material é processado tecnicamente por equipe especializada da Biblioteca Nacional e enviado para ser localizado no armazém de livros, que ocupa seis andares do Prédio Sede.

Em Obras Gerais, o pesquisador encontra um acervo multidisciplinar que inclui literatura brasileira e estrangeira, livros jurídicos, livros didáticos, literatura infanto-juvenil, religião, ciências, meio ambiente, física, medicina, astrologia, história, geografia, informática, botânica e muitos outros. 

As obras no acervo estão à disposição para consulta pelos pesquisadores, mas não podem ser emprestadas em nenhuma hipótese. Já sua reprodução está condicionada à observância da Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998) e ao estado de conservação de cada uma.

Obras Raras

O Acervo Especial de Obras Raras é constituído de material diversificado, oriundo de diversas coleções da própria Biblioteca Nacional, de acordo com dois critérios principais de seleção: raridade e preciosidade. 

Ou seja, não basta que a obra seja antiga, é preciso também que seja única, inédita, faça parte de alguma edição especial ou apresente algum traço de distinção, como uma encadernação de luxo ou o autógrafo de uma celebridade – como D. Pedro II, Coelho Neto, Carlos Drummond de Andrade ou Jorge Amado. Integram também esse acervo periódicos raros publicados até o século XIX.

Raridade e preciosidade são os dois critérios principais que caracterizam as peças do acervo de Obras Raras, oriundas de diversas coleções da própria Biblioteca Nacional. 

Para integrar este conjunto, não basta que a obra seja antiga, é preciso também que seja única, inédita, faça parte de alguma edição especial ou apresente algum traço de distinção. Pode ser uma encadernação de luxo ou o autógrafo de uma celebridade como D. Pedro II, Coelho Neto, Carlos Drummond de Andrade ou Jorge Amado. 

Periódicos raros publicados até o século XIX também compõem esse acervo.

Esta preciosa coleção encanta os visitantes com suas peças do século XV ao século XX, entre as quais se destacam os primeiros documentos gerados pelo processo de impressão por tipos móveis, os ‘incunábulos’. 

Com frequência, o público também pode apreciar exposições que mostram exemplares raros deste rico acervo. A montagem dessas mostras tem também o propósito de despertar o sentimento de pertencimento na população, ao perceber o valor deste patrimônio que o Brasil possui.

Ao todo, são mais de dois mil metros lineares de itens em estantes, gavetas e cofres, abrigados em um espaço que, por guardar esse rico tesouro, é considerado uma sala-cofre. 

O local ganhou o nome de seu patrono, João Antônio Marques, bibliófilo fluminense residente em Portugal, que doou sua valiosa coleção de ‘incunábulos’, edições princeps, camonianas e outros impressos e manuscritos relativos ao período colonial.

Obras originárias de diferentes nações são preservadas de acordo com:
  • A grandeza de sua Brasiliana (livros sobre o Brasil, impressos ou gravados entre os séculos XVI e XIX, e livros de autores brasileiros impressos ou gravados no estrangeiro até 1808).
  • A recorrência de “incunábulos” brasileiros.
  • O caráter intelectual e histórico de seus títulos.
  • A riqueza material de suportes (couros, pergaminhos, madeiras, papéis de trapo e de madeira, sedas, veludos e tafetás).

Preciosidades

  • Pergaminho datado do século XI com manuscritos em grego sobre os quatro Evangelhos, o exemplar mais antigo da Biblioteca Nacional e da América Latina.
  • A Bíblia de Mogúncia, de 1462, primeira obra impressa a conter informações como data, lugar de impressão e os nomes dos impressores, os alemães Johann Fust e Peter Schoffer, ex-sócios de Gutemberg.
  • A crônica de Nuremberg, de 1493, considerado o livro mais ilustrado do século XV, com mapas xilogravados tidos como os mais antigos em livro impresso.
  • Bíblia Poliglota de Antuérpia, de 1569, Obra monumental do mais renomado impressor do século XVI: Cristóvão Plantin.
  • A primeira edição de “Os Lusíadas”, de 1572.
  • A primeira edição da “Arte da gramática da língua portuguesa”, escrita pelo Padre José de Anchieta em 1595.
  • O “Rerum per octennium...Brasília”, de Baerle (1647), com 55 pranchas a cores desenhadas por Frans Post.
  • Exemplar completo da famosa Encyclopédie Française, uma das obras de referência para a Revolução Francesa.
  • O primeiro jornal impresso do mundo, datado de 1601.
  • Exemplar único e considerado raríssimo do livro publicado em 1605 pelo autor Hrabanus Maurus, que criou o caça-palavras em forma de poesia visual.

Arte da gramática da língua portuguesa - 1595



Bíblia de Mogúncia de 1462


Bíblia Poliglota de Antuérpia, de 1569


Fonte: Biblioteca Nacional do RJ.

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