Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - História, arquitetura e missão - Parte 2



A Biblioteca Nacional (BN) é o órgão responsável pela execução da política governamental de captação, guarda, preservação e difusão da produção intelectual do País. Com mais de 200 anos de história, é a mais antiga instituição cultural brasileira.

Possui um acervo de aproximadamente 9 milhões de itens e, por isso, foi considerada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como uma das principais bibliotecas nacionais do mundo. 

Para garantir a manutenção desse imenso conjunto de obras, a BN possui laboratórios de restauração e conservação de papel, oficina de encadernação, centro de microfilmagem, fotografia e digitalização.

O acervo da BN cresce constantemente a partir da lei do depósito legal – que assegura o registro e a guarda da produção intelectual nacional, além de possibilitar o controle, a elaboração e a divulgação da Bibliografia Brasileira corrente, bem como a defesa e a preservação da língua e da cultura nacionais –, além de doações e aquisições.

A BN se caracteriza como uma biblioteca “nacional” por:
  • ser beneficiária do instituto do Depósito Legal;
  • elaborar e divulgar a bibliografia brasileira corrente, através dos Catálogos online;
  • ser o centro nacional de permuta bibliográfica, com campo de ação internacional.
O Portal Institucional da BN consolida informações sobre a instituição, bem como seu acervo e serviços, permitindo o acesso aos Catálogos online, ao acervo da BNDigital e ao conjunto de serviços disponibilizados via Internet.

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) é formada por espaços independentes e por outras instituições.

São eles: 
  • Biblioteca Nacional - Sede
  • Biblioteca Nacional - Anexo
  • Escritório de Direitos Autorais (EDA)
  • Depósito Legal
  • Agência Brasileira do ISBN
  • Administração da Biblioteca Nacional
  • Música e Arquivo Sonoro
  • Espaço Cultural Eliseu Visconti
  • Auditório Machado de Assis
  • Biblioteca Euclides da Cunha (BEC)
  • Casa da Leitura
  • Loja do Livro
O prédio histórico da sede da Biblioteca Nacional, além de abrigar seu extenso acervo, chama a atenção também pela arquitetura imponente, salas monumentais e obras de arte.

Atendimento das salas de leitura

Cartografia 
  • 3° andar 
  • 2° a 6°, das 10 ás 17h. 
  • solicitação de consulta até meia hora antes do fechamento
  • devolução de obras até 10 minutos antes do fechamento
  • Mediante agendamento prévio.

O acervo cartográfico da Biblioteca Nacional é composto por mais de 22 mil mapas, entre manuscritos e impressos, e aproximadamente 2.500 atlas, além de diversas monografias e tratados sobre o tema.

A coleção engloba peças de expressivo valor artístico e histórico, não apenas do Brasil, como também do império ultramarino português e de outras partes do mundo. O conjunto cartográfico – que inclui mapas e atlas – é de especial valor porque permite o estudo da técnica cartográfica, bem como de suas mudanças e evolução ao longo dos séculos.

Destacam-se, por exemplo, o planisfério de Sebastian Münster, de 1552, a que pertence a obra “Cosmographia universalis”, e as sucessivas edições da Geografia de Cláudio Ptolomeu, com mapas xilogravados, gravados em metal e aquarelados. 

A mais antiga, de 1486, abrange o mundo conhecido no século XV (Europa, África e Ásia) e descreve o Oceano Índico como um mar fechado, seguindo a teoria ptolomaica de que ao sul do continente africano os oceanos não estabeleciam qualquer ligação. Embora a Geografia de 1486 seja uma reedição da de 1482, publicada em Ulm, difere com dois textos suplementares Registrum Alphabeticum (Registro alfabético) e De locis ac mirabilus mundi (um tratado anônimo sobre as maravilhas do mundo).

O acervo possui ainda o “atlas e o mapa mural de Miguel Antônio Ciera”, astrônomo italiano contratado pela coroa portuguesa para participar nos levantamentos das fronteiras na Região Sul do Brasil com o objetivo de estabelecer as demarcações do Tratado de Madri de 1750. 

Apesar de sua vasta produção cartográfica, só se tem conhecimento desses dois desenhos cartográficos, que foram nomeados no Registro Nacional Programa Memória do Mundo da UNESCO (MowBrasil) e no Registro Programa Memória do Mundo na América Latina e Caribe (MowLac), em 2012.

Per provisorem suum Johannem Reger, [1486]


Iconografia 
  • 2° andar
  • segunda a sexta-feira, das 10h às 17h
  • solicitação de consulta até meia hora antes do fechamento
  • devolução de obras até 10 minutos antes do fechamento
  • Mediante agendamento prévio.
O Acervo Iconográfico armazena e preserva o maior patrimônio de imagens do país, reunindo desde desenhos, caricaturas, gravuras e fotografias – muitos deles considerados obras de arte – até livros relacionados às artes visuais. Também integram o acervo peças chamadas de ‘efêmeras’, que incluem recortes de jornais e revistas, cartazes, cartões postais e calendários.

O acervo iconográfico reúne o maior patrimônio de imagens do país – muitas consideradas obras de arte -, incluindo desenhos, caricaturas, gravuras, fotografias e livros relacionados às artes visuais. Há também peças chamadas de ‘efêmeras’, que englobam recortes de jornais e revistas, cartazes, cartões postais e calendários.

Muitos trabalhos já foram publicados a partir das peças contidas neste acervo, abrangendo ensaios e catálogos de exposições, que representam uma valiosa contribuição à pesquisa iconográfica brasileira.

São guardadas coleções de gravuras da mais alta importância, como a de Albrecht Dürer (1471-1528), desenhos italianos com peças em sanguínea que vão do século XV ao século XVIII, gravuras de Jacques Callot (1592-1635), a grande coleção de Giovani Baptista Piranesi (1720-1778), Los Desastres de La Guerra, de Don Francisco Goya (1746-1828), estudos de Eliseu Visconti (1866-1944), e aquarelas de Modesto Brocos (1852-1936).

gravura de Jacques Callot (1592-1635)

Fonte: Biblioteca Nacional do RJ. 

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